terça-feira, 1 de maio de 2012

Curso de arte ajuda jovem escolher profissão

Muitas Organizações Não Governamentais (ONGs) ensinam atividades artísticas a crianças e jovens, que através destas oficinas descobrem talentos que, muitas vezes, os ajudam escolher um caminho profissional. A Ong Projeto Quixote, por exemplo, que fica na cidade de São Paulo, usa, principalmente, manifestações da cultura Hip Hop e aposta nas oficinas de break e grafite para ensinar arte e uma profissão aos seus alunos

“Boa parte das oficinas de grafite faz parte do Programa de Educação para o Trabalho, e são parte do programa pedagógico da Agência Quixote Spray Arte que oferece serviços de graffiti em muros, fachadas, espaços internos, móveis e objetos. Quem fica encarregado de fazer estes trabalhos é um dos professores das oficinas de grafite que leva um aluno para ser seu auxiliar,” disse o assistente de comunicação e projetos do Quixote, Vinícius Magnum.

Segundo Vinícius, atualmente, entre os grafiteiros da agência, dois foram ex-alunos e agora dão oficinas e trabalham com o grafite. Na Ong Cidade Escola Aprendiz, as atividades artísticas direcionadas para os jovens também existem. O projeto com maior foco em cultura e arte é o Trilhas Urbanas que atende cerca de 20 adolescente, entre 14 e 18 anos, por ano.

No Aprendiz, as atividades ensinadas aos adolescentes são: fotografia, desenho, expressão corporal e vídeo.  Que só são desenvolvidas a partir do interesse dos jovens em fazer os cursos. Apesar de não ter um projeto que encaminhe os jovens para o mercado de trabalho, a coordenadora do Trilhas Urbanas, Tarsila Portella reconhece que as oficinas ligadas a arte ajudam os alunos a encontrarem um caminho profissional. “Muitas vezes, a mudança de olhar potencializada pelo projeto transforma a posição do jovem com relação ao mercado. Temos retorno de vários adolescentes que ao saírem da Ong conseguiram estágios em produtoras, como assistentes de fotógrafos e artistas, outros começam a fazer faculdades relacionadas à área que aprenderam aqui,” disse a coordenadora.

Foi o que aconteceu com a estudante Luciana Carvalho, 22 anos, ex-aluna de vídeo do Projeto Trilhas Urbanas. “Eu ainda estava no ensino médio quando comecei a fazer a oficina no Aprendiz. Não tinha ideia qual profissão seguir, mas depois que entrei na Ong comecei a gostar do estava aprendendo e resolvi que ia fazer faculdade de rádio e TV. Hoje trabalho com edição de vídeo em uma produtora,” conta a estudante.
Através da cultura e da arte é possível promover ação social que pode ajudar adolescentes e crianças se tornarem cidadãos conscientes e profissionais responsáveis no futuro.

 
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